26.
Hoje tive que fazer exame de sangue.
Confesso que odeio agulhas. Traumas que somente uma infancia com bronquite e uma receita de injeções "dia sim-dia não" podem construir.
Confesso que a enfermeira deve ter rido muito da minha cara. Eu estava pálido.
Ela me perguntou várias coisas, entre elas...
-Idade?
- 26 mal vividos.
Essa foi a resposta.
De repente, devido ao nervosismo dei essa resposta malcriada. Quem sabe foi meu subconsciente que me deu um tapa na cara. Ou então essa é a impressão que eu tenho da minha vida: sempre querendo mais,. viver mais, tentar mais e ao olhar pra trás, ver que nada mudou de forma consideravel.
Entretanto, nos ultimos tempos um sentimento de saudade muito forte tem batido a minha porta. Não sei porquê, não sei como, mas ele vem. Sei que sempre queremos que o passado volte, e quando não queremos, entendemos que ele é sempre melhor do que o momento atual. Entretanto, sabemos que isso sempre acontece: Nosso presente "chato" será nosso passado "interessante". Mas essa sensação de "ontem foi melhor" em mim é permanente. Não sou velho o suficiente para escrever minhas memórias, mas sou novo o bastante pra saber que não vivi plenamente. Algo me incomoda sempre. E esse sentimento de incompletude nunca se afasta. Os mais perversos podem dizer que isso é "falta de Deus", mas pensando bem... acho q pensar dessa forma é acreditar que "ter" Deus nos isenta da incompletude da vida. Acho que não... até mesmo Jesus devia sentir um vazio as vezes. Uma falta de algo mais. Algo que ainda devia "vir". Os mais chegados a mim sabem das minhas "black dogs", sabem que as vezes eu me abato muito facil, que as vezes eu me martirizo a toa, sabem também que sou persistente, mas as vezes ajo como se o mundo fosse acabar amanhã e só eu soubesse disso.
Mas sinto saudade. Não quero escrever sobre o futuro, mas sobre coisas que eu tive no passado e nunca mais terei. Tenho uma colega que escreveu no seu orkut que sabe que nunca mais vai ter o sorriso singelo que tinha quando criança. Eu sei que nunca mais terei muitas coisas que eu tinha quando criança.
Tenho saudades da escola dominical na Assembléia de Deus, dos cultos em Areia Branca, tenho saudade das revistas da CPAD. Saudade dos meus tempos de grupo das crianças e da minha vontade de ser "jovem" e cantar no banco dos adultos. Saudade de batucar nos bancos da igreja imitando o Edenilson, o Cézar e o Marcelo. Saudade de saber que eu não vou poder assistir aos trapalhões por que vou a igreja no horario que eles passam, mas torer praminha mãe dizer que esse domingo eu poderia ficar em casa, "mas só esse hein...". Saudade dos meus tempos de jogar bola na rua, de ficar no muro porque minha mãe não deixava eu sair. Saudade do pique bandeirinha, dos "Licença! Licença!", das corridas com minhas primas, da minha amizade com o Junior, das subidas no pé de manga, do medo de encontrar largaatas escondidas nos galhos, saudade do pé de pitanga que tinha no meu quintal e dos chutes a gol no muro do vizinho. Saudade da minha bola azul que eu roubei da minha prima, dos desenhos na Tv na parte da manhã e da falta de sono na parte da tarde. Saudade do Sérgio Mallandro começar o meu dia e da vontade da Xuxa nunca mais aparecer. Da Tv Colosso, do jaspion, do Changeman e dos Muppet Babies. Saudade das aulas de musica na igreja e dos conselhos do David e do Samuel. Saudade de ser ignorante e de saber que tocar errado era possivel por que afinal, "eu era só uma criança". Saudade do trombone prateado e vagabundo que eu tocava e da sensação de poder que ele me transmitia. Saudade do master System e das sopradas no cartucho "projogopoderpegar"... Saudade de dormir na casa da Eliete e a Eliana e de gravar vinis no aparelho do primo Elias... de ouvir o jingle "FM cento e cincoooooooo".
Saudade do Abeu...
Saudade das provas que começavam as sete e meia e terminavam as oito e meia... das corridas pra rua Rocha Carvalho pra jogar bola e dos joelhos ralado de tanto escorregar no patio esverdeado das escola. Saudade do joelho de presunto e queijo que eu não podia comprar por causa de $ e do gosto da vitamina de abacate que minha mãe fazia. Saudade de me apaixonar pelas minhas amiguinhas de colégio e saber que eu nunca teria chance com nenhuma delas, de voltar pra casa a pé pra poder economizar, mas ficar com fome e gastar tudo comprando besteira na rua. Saudade do Bruno Amaral, saudade do Diogo e da rua Paraguai. Saudade de chegar em casa e saber que eu tinha amigos que colecionavam figurinhas, jogavam futebol e botão e que poderiam me jogar ovo no meu aniversário. Saudade de jogar "The king of fighters 96" e ouvir a apresentação do Iori e do Kyo. Saudade dos livros em preto e branco, da sala de frente a pista, da vista pra maternidade onde eu nasci, saudade de jogar bafo bafo, dde jogar futebol de botão sozinho esperando meu irmão crescer pra jogar comigo, saudade de usar uniforme, de fazer trabalho e de não fazer trabalho. Sinto falta do medo de tirar nota baixa, de mostrar boletim pra minha mãe, de chorar por causa de um "R" de regular no boletim enquanto o Fabio só tirava "E" de excelente em tudo. Saudade do Taita, do inspetor Mário, do Diabolin, do Felipe Monzato, da Emanuelle, do Fabiano Lerdão, do Diego e da Marcelle. Essa então... haha... coisa de criança.
Saudade dos ensaios com a Orquestra e do João Carlos, dos gritos de "É SÍ BEMOL GAROTO!!!!!" do Samuel, das regencias loucas do David e das saidas que no final só me rendiam coxinha e refrigerante, mas me faziam sentir que eu era uma pessoa abençoada de ter essas pessoas como irmãos. Engraçado... eu nunca pensei em ganhar dinheiro com isso... quando começei a pensar, meus tormentos começaram... Saudade de ouvir Phil Collins em fita cassete, de ver a fita de vídeo que deu inicio a tudo... de ter fitas do Kenny G, de tirar xerox das capas dos cds pra eu pder fazer as minhas proprias capas...
Saudade dos ensaios com o Grupo Luz, saudade do Fabio e do Zinho, do Anderson e do Cosme. Saudade da Flávia e do Cristiano.; Saudade de caminhar uma hora só pra pder ensaiar num sabado pela manhã. Saudade das saídas com a banda Ressureição e dos meus primos doidos. Saudade das maluquices do Daniel, a seriedade do Marcelo e das risadas do Alexandre.
Saudade do João Luiz...
Das colas, da merenda roubada, das maluquices do Leonardo Pires, da tosquice do Robson e das risadas do Paulo, do jeito do Sandro, Augusto do deboche do Estácio, do jeito "bom rapaz" do Mezenga, da loja de vinis do Iguaçu Center, do tio Carlinhos, um bebado que vendia "bananada diet" e ficava gritando "AAAAAAAAAAMÉÉÉÉNNNN!!!!!" esperando o bar abrir. Queria ter aquela sala de novo, as aulas de matematica do Paulo Roberto, saudade da onda, do barulho do sinal, das aulas em que eu ficava olhando pra janela pensando numa forma de zuar o Vitor, saudade das aulas de ed física na quadra da morte e do mistério do Helicóptero do Leonardo, saudade de chorar por que tinha tirado 1,0 em matemática e de sorrir quando mais uma vez a prova de história tinha sido gabaritada. Saudade dos lanches no "Quero mais" e nos Chinas da vida.; De jogar flipper até ficar sem $, de arriscar a vida por causa de um round, de perder pra um moleque que só tinha um braço e vencer o Paulo num dia de sorte. Saudade da Luciane, da Tereza, da Priscila Gostosa e da Priscila feia, saudade de saber que as chances seriam minimas, mas nos meus pensamentos eu teria todas elas só pra mim. Saudade de ter aula de administração no sábado, de ir pra escola de musica na sexta a noite e depois e um dia inteiro fora de casa me sentir um "adulto com responsabilidades".
Saudades do pré e das aulas do Vinicius, do Pádua, do Bruno; do medo de reprovar, de dar branco... saudade de matar aula sabendo que aquilo era errado mas era sábado... quem estuda sábado? saudade de achar 50 reais e comprar um cd do Phi Collins, saudade da Tarcila e da Eliane, saudade do simulado deixado em branco mas da prova de história gabaritada...
Saudade da Uerj... da Renata, da Carol... dos desabafos da profissão com o Jean, das nossas corridas pra pegar o "Trem parador com destino a Belford-Roxo, plataforma 2, linha A". Das aulas de manhã cedo, das xerox, das discussoes idiotas, do ambiente academico... Do meu inicio como professor... da primeira aula com o Jean assistindo pra dar força, da Educarte, do Albert Santos Dumont, da Educafro, do Oliveira, do pré de areia branca, de dar aulas na paroquia atrás do IESA, do IEDA... saudade de 2005...
Ah 2005...
Saudade de dar aulas pra 30 turmas e não me sentir cansado. Do Chiquinho pentelhando, do Mario, do André de Geografia, daquele montão de alunos e alunas...
Saudade de sentar no paradinha e comer aquele X-Tudo com o Izaac, o Bruno, o Rafael e o Serginho, e de não ter noção que aquilo tudo um dia iria acabar (tanto o Xtudo quanto a banda); das festas do Castelar, dos ensaios exaustivos que as vezes duravam todo o carnaval, de usar pratos Orion e peles de bateria que não eram trocadas a pelo menos 3 anos... de escutar Dream Theater todo dia e de estar fora de todas as panelas musicais que rolavam por aqui... Saudade de olhar em volta e ver amigos.
Enfim.
Saudade de um milhão de coisas. Tantas que estão aqui quanto as omitidas (sem querer e algumas querendo...)
É... esses anos não foram mal vividos.
Eu que sou um ingrato na maior parte do tempo. A vida segue seu curso e sei que um dia, todas essas peças irão se conectar e formar um quadro que terá uma assinatura.
Deus.
E um título.
Tiago.
G.Up!
Confesso que odeio agulhas. Traumas que somente uma infancia com bronquite e uma receita de injeções "dia sim-dia não" podem construir.
Confesso que a enfermeira deve ter rido muito da minha cara. Eu estava pálido.
Ela me perguntou várias coisas, entre elas...
-Idade?
- 26 mal vividos.
Essa foi a resposta.
De repente, devido ao nervosismo dei essa resposta malcriada. Quem sabe foi meu subconsciente que me deu um tapa na cara. Ou então essa é a impressão que eu tenho da minha vida: sempre querendo mais,. viver mais, tentar mais e ao olhar pra trás, ver que nada mudou de forma consideravel.
Entretanto, nos ultimos tempos um sentimento de saudade muito forte tem batido a minha porta. Não sei porquê, não sei como, mas ele vem. Sei que sempre queremos que o passado volte, e quando não queremos, entendemos que ele é sempre melhor do que o momento atual. Entretanto, sabemos que isso sempre acontece: Nosso presente "chato" será nosso passado "interessante". Mas essa sensação de "ontem foi melhor" em mim é permanente. Não sou velho o suficiente para escrever minhas memórias, mas sou novo o bastante pra saber que não vivi plenamente. Algo me incomoda sempre. E esse sentimento de incompletude nunca se afasta. Os mais perversos podem dizer que isso é "falta de Deus", mas pensando bem... acho q pensar dessa forma é acreditar que "ter" Deus nos isenta da incompletude da vida. Acho que não... até mesmo Jesus devia sentir um vazio as vezes. Uma falta de algo mais. Algo que ainda devia "vir". Os mais chegados a mim sabem das minhas "black dogs", sabem que as vezes eu me abato muito facil, que as vezes eu me martirizo a toa, sabem também que sou persistente, mas as vezes ajo como se o mundo fosse acabar amanhã e só eu soubesse disso.
Mas sinto saudade. Não quero escrever sobre o futuro, mas sobre coisas que eu tive no passado e nunca mais terei. Tenho uma colega que escreveu no seu orkut que sabe que nunca mais vai ter o sorriso singelo que tinha quando criança. Eu sei que nunca mais terei muitas coisas que eu tinha quando criança.
Tenho saudades da escola dominical na Assembléia de Deus, dos cultos em Areia Branca, tenho saudade das revistas da CPAD. Saudade dos meus tempos de grupo das crianças e da minha vontade de ser "jovem" e cantar no banco dos adultos. Saudade de batucar nos bancos da igreja imitando o Edenilson, o Cézar e o Marcelo. Saudade de saber que eu não vou poder assistir aos trapalhões por que vou a igreja no horario que eles passam, mas torer praminha mãe dizer que esse domingo eu poderia ficar em casa, "mas só esse hein...". Saudade dos meus tempos de jogar bola na rua, de ficar no muro porque minha mãe não deixava eu sair. Saudade do pique bandeirinha, dos "Licença! Licença!", das corridas com minhas primas, da minha amizade com o Junior, das subidas no pé de manga, do medo de encontrar largaatas escondidas nos galhos, saudade do pé de pitanga que tinha no meu quintal e dos chutes a gol no muro do vizinho. Saudade da minha bola azul que eu roubei da minha prima, dos desenhos na Tv na parte da manhã e da falta de sono na parte da tarde. Saudade do Sérgio Mallandro começar o meu dia e da vontade da Xuxa nunca mais aparecer. Da Tv Colosso, do jaspion, do Changeman e dos Muppet Babies. Saudade das aulas de musica na igreja e dos conselhos do David e do Samuel. Saudade de ser ignorante e de saber que tocar errado era possivel por que afinal, "eu era só uma criança". Saudade do trombone prateado e vagabundo que eu tocava e da sensação de poder que ele me transmitia. Saudade do master System e das sopradas no cartucho "projogopoderpegar"... Saudade de dormir na casa da Eliete e a Eliana e de gravar vinis no aparelho do primo Elias... de ouvir o jingle "FM cento e cincoooooooo".
Saudade do Abeu...
Saudade das provas que começavam as sete e meia e terminavam as oito e meia... das corridas pra rua Rocha Carvalho pra jogar bola e dos joelhos ralado de tanto escorregar no patio esverdeado das escola. Saudade do joelho de presunto e queijo que eu não podia comprar por causa de $ e do gosto da vitamina de abacate que minha mãe fazia. Saudade de me apaixonar pelas minhas amiguinhas de colégio e saber que eu nunca teria chance com nenhuma delas, de voltar pra casa a pé pra poder economizar, mas ficar com fome e gastar tudo comprando besteira na rua. Saudade do Bruno Amaral, saudade do Diogo e da rua Paraguai. Saudade de chegar em casa e saber que eu tinha amigos que colecionavam figurinhas, jogavam futebol e botão e que poderiam me jogar ovo no meu aniversário. Saudade de jogar "The king of fighters 96" e ouvir a apresentação do Iori e do Kyo. Saudade dos livros em preto e branco, da sala de frente a pista, da vista pra maternidade onde eu nasci, saudade de jogar bafo bafo, dde jogar futebol de botão sozinho esperando meu irmão crescer pra jogar comigo, saudade de usar uniforme, de fazer trabalho e de não fazer trabalho. Sinto falta do medo de tirar nota baixa, de mostrar boletim pra minha mãe, de chorar por causa de um "R" de regular no boletim enquanto o Fabio só tirava "E" de excelente em tudo. Saudade do Taita, do inspetor Mário, do Diabolin, do Felipe Monzato, da Emanuelle, do Fabiano Lerdão, do Diego e da Marcelle. Essa então... haha... coisa de criança.
Saudade dos ensaios com a Orquestra e do João Carlos, dos gritos de "É SÍ BEMOL GAROTO!!!!!" do Samuel, das regencias loucas do David e das saidas que no final só me rendiam coxinha e refrigerante, mas me faziam sentir que eu era uma pessoa abençoada de ter essas pessoas como irmãos. Engraçado... eu nunca pensei em ganhar dinheiro com isso... quando começei a pensar, meus tormentos começaram... Saudade de ouvir Phil Collins em fita cassete, de ver a fita de vídeo que deu inicio a tudo... de ter fitas do Kenny G, de tirar xerox das capas dos cds pra eu pder fazer as minhas proprias capas...
Saudade dos ensaios com o Grupo Luz, saudade do Fabio e do Zinho, do Anderson e do Cosme. Saudade da Flávia e do Cristiano.; Saudade de caminhar uma hora só pra pder ensaiar num sabado pela manhã. Saudade das saídas com a banda Ressureição e dos meus primos doidos. Saudade das maluquices do Daniel, a seriedade do Marcelo e das risadas do Alexandre.
Saudade do João Luiz...
Das colas, da merenda roubada, das maluquices do Leonardo Pires, da tosquice do Robson e das risadas do Paulo, do jeito do Sandro, Augusto do deboche do Estácio, do jeito "bom rapaz" do Mezenga, da loja de vinis do Iguaçu Center, do tio Carlinhos, um bebado que vendia "bananada diet" e ficava gritando "AAAAAAAAAAMÉÉÉÉNNNN!!!!!" esperando o bar abrir. Queria ter aquela sala de novo, as aulas de matematica do Paulo Roberto, saudade da onda, do barulho do sinal, das aulas em que eu ficava olhando pra janela pensando numa forma de zuar o Vitor, saudade das aulas de ed física na quadra da morte e do mistério do Helicóptero do Leonardo, saudade de chorar por que tinha tirado 1,0 em matemática e de sorrir quando mais uma vez a prova de história tinha sido gabaritada. Saudade dos lanches no "Quero mais" e nos Chinas da vida.; De jogar flipper até ficar sem $, de arriscar a vida por causa de um round, de perder pra um moleque que só tinha um braço e vencer o Paulo num dia de sorte. Saudade da Luciane, da Tereza, da Priscila Gostosa e da Priscila feia, saudade de saber que as chances seriam minimas, mas nos meus pensamentos eu teria todas elas só pra mim. Saudade de ter aula de administração no sábado, de ir pra escola de musica na sexta a noite e depois e um dia inteiro fora de casa me sentir um "adulto com responsabilidades".
Saudades do pré e das aulas do Vinicius, do Pádua, do Bruno; do medo de reprovar, de dar branco... saudade de matar aula sabendo que aquilo era errado mas era sábado... quem estuda sábado? saudade de achar 50 reais e comprar um cd do Phi Collins, saudade da Tarcila e da Eliane, saudade do simulado deixado em branco mas da prova de história gabaritada...
Saudade da Uerj... da Renata, da Carol... dos desabafos da profissão com o Jean, das nossas corridas pra pegar o "Trem parador com destino a Belford-Roxo, plataforma 2, linha A". Das aulas de manhã cedo, das xerox, das discussoes idiotas, do ambiente academico... Do meu inicio como professor... da primeira aula com o Jean assistindo pra dar força, da Educarte, do Albert Santos Dumont, da Educafro, do Oliveira, do pré de areia branca, de dar aulas na paroquia atrás do IESA, do IEDA... saudade de 2005...
Ah 2005...
Saudade de dar aulas pra 30 turmas e não me sentir cansado. Do Chiquinho pentelhando, do Mario, do André de Geografia, daquele montão de alunos e alunas...
Saudade de sentar no paradinha e comer aquele X-Tudo com o Izaac, o Bruno, o Rafael e o Serginho, e de não ter noção que aquilo tudo um dia iria acabar (tanto o Xtudo quanto a banda); das festas do Castelar, dos ensaios exaustivos que as vezes duravam todo o carnaval, de usar pratos Orion e peles de bateria que não eram trocadas a pelo menos 3 anos... de escutar Dream Theater todo dia e de estar fora de todas as panelas musicais que rolavam por aqui... Saudade de olhar em volta e ver amigos.
Enfim.
Saudade de um milhão de coisas. Tantas que estão aqui quanto as omitidas (sem querer e algumas querendo...)
É... esses anos não foram mal vividos.
Eu que sou um ingrato na maior parte do tempo. A vida segue seu curso e sei que um dia, todas essas peças irão se conectar e formar um quadro que terá uma assinatura.
Deus.
E um título.
Tiago.
G.Up!
posted by Tiago de Souza | 7:57 PM
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