Growing up!

Aqui você encontrará meus delirios socráticos, minhas opiniões sobre assuntos diversos e obvio, um pouco da minha percepção de mundo. Tiago de Souza

quarta-feira, junho 24, 2009

Bug. Parte 1.



Ela acordou.
Mal os olhos abriram, seu pensamentos já foram direcionandos para aquilo que estava do lado direito de sua cama.


Ele.
Não. Não era ELE.


Era... ele.





A tela gigante estava com a luz amarela. "Muito tempo sem mexer", ela pensou, mas antes de completar a frase mentalmente, se levantou num esforço assustado. Passou por cima dele, "Nem pra acordar cedo e me fazer um café", ela pensou, mas antes de completar a frase mentalmente, a sua mão direita, mesmo ela sendo canhota, agiu por impulso e segurou o mouse.
Um barulho seco (HUMPZITIU...) e a tela clareou-se novamente.
Ele esteve ligado a noite inteira.
The Turning do Oasis (http://www.youtube.com/watch?v=HtsMb52BpsQ) estava tocando. O cd devia estar lá a horas no "repeat". "Devo ter dormido e esquecido", ela pensou, mas antes de completar a frase mentalmente ela digitou "orkut.com".
"Que musica... perfeita pra um sábado pela manhã", ela pensou, mas antes de completar a frase mentalmente clicou no icone "Windows live menssenger".
A tela do orkut abriu, ela digitou: "Princes familiar". apertou a tecla TAB. Digitou a senha. *********.
The username or password you entered is incorrect. [?]
"Ah... saco..."
Novamente.
"Princes familiar".
*********.
The username or password you entered is incorrect. [?]



A janela do msn abriu. Ela entrou e digitou.
Princessfamiliar1
*********.
"Sua entrada no Windows Live Menssenger não pode ser realizada porque o Windows LIve ID inserido não existe ou está incorreto. Se vc tiver esquecido sua senha, clique em Esqueceu sua senha? na parte inferior da janela inferior da janela principal do Menssenger. Código de erro: 80048821".
"Ah não". Ela tenta de novo:
Princessfamiliar1
*********.
"Sua entrada no Windows Live Menssenger não pode ser realizada porque o Windows LIve ID inserido não existe ou está incorreto. Se vc tiver esquecido sua senha, clique em Esqueceu sua senha? na parte inferior da janela inferior da janela principal do Menssenger. Código de erro: 80048821".





Um palavrão de 80 gigas ecoou na sua mente. "Devo ter esquecido essa senha, ou então... sei lá... devo ter digitado errado". Pausadamente, ela digita a mesma senha. E a mesma mensagem novamente aparece. Ela aceita o fato de ter esquecido a senha. Mas antes de completar a frase mentalmente ela entra numa pagina decidida a fazer uma nova senha.
"A sua senha foi enviada para o seu email".
Bah. "Seus probremas acabaram". Ela ri da propria piada, um sorriso meio sem querer, e que logo se fecha dando lugar a um rápido movimento dedos no mouse. Ela foi no email. PAgina inicial. E-mail. Pãrãrã... A página carrega. Ele se vira pro outro lado, soltando um leve ronco. "Ruhnnn..." Ela desvia a atenção d'Ele. E se vira pra Ele.
Ela digita. Não entra. Não entra. "Entra"!
Merda. Não entra.
Ela se desespera. Ela tenta dez vezes entrar no orkut, não consegue. "Não acredito".
O msn não responde. Ela liga a televisão. Tudo sem sintonia. "Estranho... Muito estranho, mas que m... é essa?!". Ela liga pra sua amiga. Derepente pode ter sido uma pane, sei lá... Guerra FRia? ataque nuclear? Não...não tem ninguém gritando... seria como nos filmes... evacuação, buzinas, pontes com engarrafamentos e coisas dotipo. Tá tudo muito calmo. Deve ser algumproblema de conmexão, oude rede, ah! Sei lá! Ela pega o celular e disca. O telefone não pega. Não tem sinal. "Ué....". Ela sacode Ele sem olhar pra Ele. Ele acorda. "Entra com o seu orkut agora"! Ele acorda assustado, os olhos ainda pesados,o cpérebro lento... ele diz: "Uhngrrr hã???" Ela repete: "Vem aqui! Entra no seu orkut!". Ele joga a coberta fininha de lado, deixando a mostra as pernas que ela dizia serem do Tony Ramos, e meio sem coordenar os movimentos, se levanta e meio que tombando em cima d"Ele, Ele digita:


"Goletitout".
*********.
The username or password you entered is incorrect. [?]


"Não acredito". "Entra no internet banking". De repente pode ser só um problema com o email.
Ele entra. Ele lembra que tá virando a fatuira do cartão. "Prenhugrrrciuhnso paaagnhaarr" (Já disse q o cérebro dele ainda está carregando...). Ele digita seu CPF. Seu nome de perfil é solicitado. "Certo". Ele digita. Senha.
*******
Senha incorreta ou usuário inválido. Após a terceira tentiva seu cartão e seu logon serão bloqueados. Ela olha pra ele sem entender nada.


Continua...

quarta-feira, junho 17, 2009

Páginas da vida... ha!


Sabe aquelas cena q v diz: caraca, é isso q tá acontecendo?


2006.


Billy Elliot (2000) é o primeiro longa-metragem do diretor Stephen Daldry, que já produziu mais de cem peças teatrais na Inglaterra. É a história de um garoto (Jamie Bell) de 11 anos que vive numa pequena cidade inglesa, onde o principal meio de sustento são as minas da cidade. Ambientado nos anos em que Margaret Thatcher esteve no poder, o filme tem como pano de fundo as lutas grevistas dos mineiros. Obrigado pelo pai a treinar boxe, Billy fica fascinado com a magia do balé, com o qual tem contato através de aulas de dança clássica que são realizadas na mesma academia onde pratica boxe.
Incentivado pela professora de balé (Julie Walters), que vê em Billy um talento nato para a dança, ele resolve então pendurar as luvas de boxe e se dedicar de corpo e alma à dança, mesmo tendo que enfrentar a contrariedade de seu irmão e seu pai à sua nova atividade.
O filme incentiva a nunca abandonar um sonho, que neste caso é o balé e, paralelamente, aborda o preconceito em relação aos homens que se tornam dançarinos abordando a questão da homossexualidade com o cuidado e delicadeza necessária, já que o melhor amigo de Billy é gay, enquanto ele não tinha esta orientação sexual, mesmo adorando a dança. A idéia é desmistificar a associação entre homossexualidade e dançarinos.
Um libelo contra o preconceito, estimulando a determinação e a tolerância ante as diferenças.


Assistam. A cena é antologica.


Tradução:
A Town Called Malice (tradução)
The Jam

Uma Cidade Chamada Maldade
Melhor parar de sonhar que a vida é quieta
Porque isso é a única coisa que nunca saberemos
E pare de correr atrás desse ponto de ônibus
Porque aqueles graciosos dias são poucos
E pare de pedir desculpas por coisas que você nunca tem feito
Porque o tempo é curto e a vida é cruel
Mas isso está perto de nós
Esta cidade chamada maldade
Fileiras e fileiras de carros de leite abandonados
Permaneça desperdiçando o leite
E centenas de donas de casa sozinhas sem leite
Frascos para esses corações
Suspenda essas velhas cartas de amor na linha para secar
É o suficiente para fazer você parar de acreditar quando essas lágrimas surgem
Rápidas e furiosas
Na cidade chamada maldade
Esforço após esforço, ano após ano
A atmosfera está uma mistura fina de gelo
Eu estou quase morto de frio
Na cidade chamada maldade
Uma rua inteira está crente num rosbife de domingo
Traceja novamente a instituição
Para qualquer um se deprimir na cerveja ou a nova criança engrenar
É uma grande decisão numa cidade chamada maldade
O fantasma de um trem a vapor, ecoa na minha faixa
É no limite do momento para lugar nenhum
Apenas dando voltas e voltas
Playgrounds de crianças e pátios de diversão
Último risonho na brisa
Eu poderia ficar por horas e eu provavelmente ficaria
Mas eu logo ponho algo para interferir
Nessa cidade chamada maldade

sexta-feira, junho 12, 2009

Standing on the shoulder of giants



Olá a todos.
Fiquei novamente um bom tempo sem escrever nada. E fiz muito bem. Minha vida estava meio estranha, mas agora passou.


Mentira minha. Ela está cada vez mais estranha. Mas fazer o quê. Está é a vida.

Uma grande novidade é que fui ao show de uma das bandas que mais me influenciaram musicalmente: o Oasis. Foi muito legal ver o meu herói do ensino médio, Liam Galhagher cantando pacas, olhando pra plateia como se fossem paulistas bocós e soltando vários "fucks". Sim, cada frase desse ogro vinha brindada com um sonoro "fuck": "fuck people", "fuck shoes", "fuckin soul"... etc etc etc. Ah... não façam cara feia. O Liam pode falar essas coisas.
Mamãe não gostou muito da idéia do show. Disse que eu estava misturando as coisas, que aquilo não era legal, que meu lugar não era ali, enfim, coisas de mamãe. Eu curto Oasis, mas na realidade, estava lá por que a musica dos caras me lembrava coisas de minha adolescencia: o lanche no João Luiz, as matadas de aula (quer dizer... aham... não minhas por que eu nunca fiz isso...), os jogos na via light, as piadas de Leonardo Pires, as colas durante as provas de matemática (Sim. Só passava em matemática colando. E dai?), a falta de contatos mais intimos com pessoas do sexo oposto e os consequentes filmes proibidos para meno... quer dizer, enfim, coisas de adolescente. Era legal sair da aula na sexta feira e depois de uma rodada intensa de the king of fighters (Viva o Iori Iagami!!!!!!) ter o Liam cantando "Tonaaaaaa- aaaaight, i'm a rock and rooooolllll star...".
A juventude de hoje não tem esses privilégios. Não existem mais bandas dispostas a quebrar o sistema. O máximo de revolução que a galera tem hoje são as malditas poses "hip hop" (fuck hip...) e os funks de bosta que infestam nossos ouvidos ("fuck the funk"?!?!?!) . Não existem mais jogos decentes. Toda a magia do flipperama se acabou com os malditas Lan house ("fuck laaansss... como diria Liam), onde idiotas ficam gritando táticas infantilóides para o colega que está da maquina 11. Hoje não se tem mais a sensação de lutar por sua ficha que custou miseros 30 centavos, mas que valia todo o império norte americano (e mais o Canadá). Lembro-me de jogar flipper, e ao mesmo tempo em que meu cérebro mandava comandos alucinantes para minhas mãos, eu tinha que vigiar minha mochila, empurrar levemente meu adversário da "alavanca 2" que além de cheirar mal, ficava roçando o braço no meu com seus movimentos tresloucados para controlar Kyo Kusanagy. Era demais. E quando vc achava que tinha vencido seu oponente, outro se aproxima e coloca outra ficha. Melembro de ter tomado uma surra de um moleque que vendia balas em N Iguaçu e só tinha um unico braço. Safado. O moleque destruia a gente no jogo e ainda vendia as balinhas pra gente.
Tudo isso ao som de "Live Forever".

Me lembro de como burlavamos a burocracia stalinista dos lanches da escola que não nos deixava repetir nunca. Levavamos casacos e a cada "me dá um lanche", usavamos o casaco de forma diferente: ora com o capuz, ora sem o capuz, com o casaco ao contrário, com ele amarrado no pescoço igual a um tiozinho, e as tias ao notarem nossa engenhosidade, nos davam o que queriamos. Quer dizer, quase tudo.
E com "Cigaretes and alcohol" rolando no walkman.

Me lembro dos "guardas gays": um casal de seguranças do colégio que sempre escapulia para dentro de um matagal que existia atrás do colégio...
E "Don't go away" rolando...

Um dos momentos mais sinistros do ensino médio foi quando Leonardo (que foi o cara que foi no show do Oasis comigo) ao se deparar com uma prova de português massacrante teve uma brilhante idéia: o professor era um desses vovôs catolicos carolas que só ia dar aula de camisa social bem passadinha pra dentro da calça e por qualquer coisa soltava um "aiminhasantavirge". A prova era sobre orações subordinadas, assindéticas e afins... sei lá pra que serve esta bosta ("Fuck this shit". Liam de novo). Ele não sabia a resposta de nenhuma delas (ou sabia? o cara é um genio do mal... enfim.).




A questão era simples:


4- Classifique as orações abaixo:




E a saída foi fantastica.




Eis as respostas lacônicas de meu caro colega.




a) "O menino foi a praia ver o sol."


Resposta- É preto velho.




b) "O rapaz estava em casa com sua familia, mas foi embora depois do almoço."


Resposta- Tranca rua.




c) "Li sobre o novo filme e me interessei."


Resposta- Exu caveira.




d) "Aonde iremos se tudo está fechado, Matias?"


Resposta- Oxóssi.




e) "Caramba, babei tudo".


Resposta- Maria mulambo.




f) "Nunca te vi, sempre te amei".


Resposta- Zé pilintra.




Quando o professor foi entregar a prova, o desespero estava estampado na cara dele. E o ar meio blasé de vitória estava escancarado nas feições draconianas de Leonardo.
A turma veio abaixo ao ver a prova.
Imagina o cara corrigindo isso?!?!?!
- "Aiminhavirrrgeee...."
E fomos embora ao som de "Go let it out".

Putz.
Viu? um simples show pode te fazer lembrar de coisas muito boas.




Um gde abraço a todos.
Ah! e um alô pra galera dos cursos Fator e Educarte que lêem os textos. Torço por vcs! [mesmo as vezes esquecendo seus nomes, mas vcs dão um desconto né?... ;)]

TgS

"Enquanto imploramos e roubamos e pegamos emprestado

A vida é acertada e errada, e isto

Eu espero, eu acho, eu sei

E se eu ouvir os nomes que você chama

Se eu tropeçar, pegue-me quando eu cair

Porque depois de tudo, você nunca esquecerá meu nome..."

I Hope, I Think, I Know
Oasis