Growing up!

Aqui você encontrará meus delirios socráticos, minhas opiniões sobre assuntos diversos e obvio, um pouco da minha percepção de mundo. Tiago de Souza

terça-feira, junho 15, 2010

Arrependam-se raça de víboras!


Já estou avisando.
É um texto curto.

Tods nós temos algo pra se arrepender.
Coisa que deram errado e que levamos para o resto da vida, nos martirizando por que uma unica atitude diferente poderia ter nos poupado tempo, dinheiro, lagrimas, suor ou até mesmo teriamos conseguido mais tempo, dinheiro, lagrimas, suor e pessoas.
Me arrependo de muita coisa que fiz na vida, desde não ter agarrado e beijado a Joyce, meu amor da primeira série (falando nisso... alguém conhece a Joyce? tenho até um texto aqui no blog procurando ela...rs), ou de ter rasgado meu album de figurinhas da copa de 94 e não ter guardado minha coleção de Cards dessa mesma copa e do campeonato italiano e também de ter tentado roubar revistinhas em quadrinhos numa banca em Belford Roxo. Sim, eu tentei roubar revistinhas em quadrinhos. Um raro caso de alguém que rouba leitura e não dinheiro. O assalto foi frustrado pela esperteza do dono da banca que ficou do meu lado com uma cara terrivel enquanto eu folheava a revista do Superhomem durante 15 minutos. Obvio que o roubo só aconteceu na minha mente, mas o fato do cara ter percebido alguma coisa me perseguiu durante anos. Sempre que eu entro naquela banca (que ainda existe...) eu me pergunto: Será que ele me reconhece? independente de naquela época eu ter 10 anos e hoje ter 6 copas do mundo no curriculo (Decidi hoje, dia 14 de junho de 2010, dia de jogo da seleção na Copa [Brasil 2 X 1 Coreia do Norte] que sempre que alguém me perguntar minha idade eu voudizer que tenho "6 Copas do mundo vividas, sendo que uma elas não observada).
Mas também me arrependo de outras coisas maiores. De ter terminado relacionamentos (sejam eles de qualquer tipo...) que poderiam ter dado certo, de ter continuado relacionamentos que poderiam ter dado errado, de ter falado besteiras e de não ter falado besteiras, me arrependo de não ter dado aquela resposta quando deveria, e também de ter dado aquela resposta quando não deveria. Me arrependo de ter deixado pessoas partirem da minha vida, mas também me arrependo de ter saido da vida de muita gente sem ter dado um "tchau" decente. Não estou falando só de garotas. Falo também no sentido de amizades e coisas do tipo, ok?
Sei que existem coisas que eu falei ali em cima que só aconteceram por que esse é o meu jeito. Meus genes são teimosos. Coisas de vovó e vovô por parte de mãe que se solidificaram no temperamento de mamãe que finalmente passou para mim. Os genes de papai até tentaram fazer alguma coisa a respeito, mas só me trouxeram a desatenção para captar detalhes que somente hoje eu compreendo. Por exemplo, é fato que minhas brincadeiras passam dos limites. Meus comentários as vezes são malvados, tendenciosos, coléricos, insensiveis, e as vezes até mesmo preconceituosos. Sei disso.
Minto. Não sei mesmo, por que continuo a fazê-los.
As vezes eu falo coisas que são completamente fora de hora. As falo alto. Sem preceber que existem determinadas pessoas por perto. Eu não sei fingir um não ironismo. Sou e pronto. Não sei quando a pessoa não está pra brincadeira. Quer um exemplo? Cismei com o fato de uma conhecida minha ter um namorado que possui um Voyage. Sabe aquele carro? Pois é. Esse mesmo. Começei a usar essa informação pra qualquer tipo de comentário que ela fizesse. Por exemplo: ela diz: "Tchau gente, até amanhã!"- eu digo "Ó o Voyage... BRRUUUUM! POF POF! BRRUUMMMM !pegou? haha! Vai ter que empurrar com o namorado até em casa! Hahaha".
Obvio que depois de duas semanas interruptas de "VOYAAAGE!!!!" e de "BRUM POF POF BRRRUUUMMMM!" a pessoa começou a dizer que eu estava passando dos limites. com uma cara de poucos amigos Ai, já era tarde. Tive que parar de falar com ela por que piadas fantasticas brotavam da minha mente a toda hora sobre o tal carro. Mas era legais só pra mim, sabe?
Todos nós deveriamos ter uma boa cota de arrependimentos, senão... que graça teria a vida e por conseguinte as nossas histórias? que histórias teriamos pra contar? É obvio que meu pai queria ter encontrado minha mãe ainda no Jardim de infancia e ter se casado com ela na primeira série, mas eu morro de rir quando ele diz com uma ponta de arrependimento que nos bailes da vida (viva os anos 70!) ele "pegava" tudo o que se movesse: banguelas, caolhas, cabelos de henê, mancas... enfim, tudo o que se movesse depois da meia noite e no fim das festas. Até encontrar mamãe. É claro que meu avô queria ter conservado sua riqueza, mas que conselhos ele me daria? "Não confie em amigos" soz pra mim mais poderoso do que "Aplique na bolsa de valores!". Minha avó se arrepende de ter ajudado pessoas que hoje dão as costas pra ela e nem sequer mandam uma carta ("Viva Jk!" pra bom entendedor meia palavra basta...), mas na realidade, ela se arrepende de não ter ajudado mais... Sei que eu vou contar muita coisa engraçada pros meus filhos e netos e vou rir muito com a minha amada sobre as coisas engraçadas e outras nem tanto, mas que serviram pra fortalecer nosso amor (Nossa... que coisa linda hein...rs)

Sinceramente, me arrependo de muita coisa sim, muitos dos meus erros me trouxeram consequencias nefastas, mas não seria a pessoa que sou sem eles. Muitos dos meus erros mudaram a rota da minha vida, mas me trouxeram pessoas e situações que dificilmente viveria se não os tivesse cometido. Enfim, todos deveriamos ter nossa cota minima de arrependimentos. E quando chegassemos lá, fariamos mais besteiras para termos arrependimento de termos passado da cota, afinal, seria uma boa lição não é?
A unica vida em arrependimentos que valeu a pena foi a de Jesus. Ele sim teve uma vida perfeita, sem erros e ainda teve o poder de fazer essa vida soar interessante pra todos nós (não adianta vir com conversa fiada de que coisas que ele falou e fez são muito "duras e estranhas", eu acredito no que eu acredito e pronto. Vai ler o Código da Vinci mais uma vez, seu idiota.)
Só que nós simples mortais, somos feitos pelas nossas escolhas, e nem sempre elas são as corretas. Mas mesmo sendo erradas, temos dois caminhos: ou as refazemos o caminho acabando como erro, ou mantemos o erro, mas o consertamos no caminho, mesmo que o erro lá permaneça para sempre.

Eu já me arrependi de ter dito que o texto era curto...

GUp.