Growing up!

Aqui você encontrará meus delirios socráticos, minhas opiniões sobre assuntos diversos e obvio, um pouco da minha percepção de mundo. Tiago de Souza

quarta-feira, março 20, 2013

Dom.

 
I
(tonic)

- Motorista, segura a onda ae rapidinho.
- Quê?
- Espera um pouco, não sai agora não.
Obvio que todo mundo acha aquilo muito estranho, mas a queimação na parte de cima dos olhos do rapaz não mente. Alerta total. Claro que ninguém entende nada, afinal, já é tarde e com esse tempo todos querem ir pra casa e um moleque pede pro motorista não sair. 
 O motorista da van olha pra trás com um olhar de impaciencia. Essa chuva torrencial que castiga a cidade e depois de quase 20 minutos de espera ele finalmente completou todos os assentos. 15 ao todo. "Venha dinheiro!". Não pra ele, mas pro dono da van. Mas no fim das contas pelo menos ele tem esse trampo, e já faz 5 anos. "Pelo menos posso pagar os cartões" - é o que ele sempre pensa. "Se eu fosse melhor em matemática"- é o que ele pensa de vez em quando. "Se a van morrer no caminho com essa chuva caindo... Era só o que faltava... o que que esse moleque quer afinal?" - é o que ele pensa agora.
- Cara, o que foi? vai comprar comida? compra rapido ae...
- Não é isso é que eu...
- Meu filho, to na pressa... toca ae motô! Teho que entregar esse bolo hoje! Gritou uma gorda com um bolo cujo pacote bailava no seu colo.
- Vamboraaecara... queroirpracasa... minhamulhertáesperandoooo...
- Vai comprar ou não vai?
- Ih... acabou a luz na Central. Lá se vai minha o meu planejamento de aula - esbraveja um professor no banco de trás.
Gritaria generalizada, mas controlada. Na central do Brasil as luzes se apagam. Apenas nos morros em volta elas continuam e seus fachos chegam a velocidade de sempre, mas com a intensidade maior do que de costume. Afinal, quem repara nas luzes que vem do alto? 
Chuva forte caindo. O barulho dela supera o das pessoas na rua e das pessoas na van que começa a ficar mais quente do que o normal. 
- Motorista, espera um pouco... você não entende...
- Mano, to saindo.
Ele pensa que foi tempo o suficiente pra dar tudo certo. Isso começou na infancia, mas ele não entendia direito como funcionava. Agora entende. E torce pra que não aconteça, mas eventualmente acontece. Pequenos momentos mas que rendem terríveis embaraços, porque coisas desse tipo não são faceis de explicar. Não se sabe como isso começou, porque começou, mas ele torce pra terminar.
Mas não termina.

ii

Ele pensa: como é engraçado, pessoas acham que tem "dons", mas quando passam a usá-los, acabam se enchendo deles. Ou então, usam pra coisas que não tem nada a ver. Mas o que ele tem não pode ser ignorado desse jeito, porque afinal, é um dom digamos, estranho.
Ele, o dom, depende agora da frustração. Sua vida depende de entendê-lo e de frustrá-lo. Ele olha pro lado e se lamenta pelos que estão esperando a proxima van. Ele não pode fazer nada. Já tentou várias vezes, mas um aviso desse tipo nunca dá certo. Se nem nos filmes, imagina na vida real.
- Aquele filme idiota - ele sem querer murmura. E vira o rosto pra olhar como está a pista ne entrada da rodoviária.
De pronto, o motorista impaciente arranca com a van fazendo um "tsc" de reprovação.
- Como posso ter perdido tanto tempo? - ele, o motorista, não o rapaxz pensa. As pessoas comemoram. Não tinham se passado dois minutos que tudo tinha acontecido.
E é quando acontece.

III
(
mediante)
Antes que metade da van passa do portão do local imundo que seria a "rodoviária" o teto se desmancha em alguns pontos. Pessoas olham pra cima de forma instintiva. Agua da chuva jorra de alguns locais que antes tinham telhas. Imagine um balde com água sendo virado. Imagine telhas caindo. Alguém solta um palavrão e reclama por ter molhado suas roupas e livro que estava lendo, um best seller de pornografia mascarada por expressões educadas dignas de um orangotango com um laptop. Um pedaço de telha atinge uma perna. Novo palavrão. Uma risada pela metade. Mais água. Mais agachamentos. Uma pessoa corre pra fora.Alguém grita algo.
E é quando acontece.

Um barulho insuportável alcança os ouvidos dos passageiros. O teto cai. Como um imenso bloco disforme. O cair do teto expande-se com uma pressão forte o suficiente pra fazer o motorista perder o controle da van, que tinha passado metade do corpo do portão do local imundo que seria a "rodoviária", mas não o suficiente pra fazer o motorista - que rapidinho, como quem não quer nada, olhava pra bela mulher do outro lado da rua que vestia vermelho e parecia solícita - bater no onibus que estava passando do outro lado da rua. Ele solta um palavrão pela metade. Ele tinha prometido nunca mais falar palavrões. Sua mulher odeia. Ele tinha prometido nunca mais bater. Seu patrão odeia. A chuva piora ainda mais a situação. O vidro da van embaçado, o barulho da chuva o barulho da queda do galpão, o barulho dos passageiros de olhos arregalados, o barulho da freada do onibus... tudo conspira contra ele. E o rapaz sente isso. A parte de trás da van bate no muro de frente a rodoviária. Alguém bate com a cabeça na janela. Uma mulher voa pra frente e é parada pelo banco do carona do motorista. Ele, o rapaz, não o motorista, se agarra com força no banco que está atras do (agora sim) motorista. Ele sabe que ali seria teoricamente o lugar mais seguro porque o motorista de imediato busca proteger o seu lado. A van finalmente estabiliza. Quase. Podia ser pior. Um homem está desacordado ali no banco de trás. Ou já estava dormindo? Sim... ele lembra... o cara estava dormindo desde que ele (o rapaz) tinha entrado na van. Droga. Uma falha no plano.

iv

Desde pequeno ele pode prever coisas. Essas coisas. Nada de Mãe Dinah. Geralmente eram desastres pequenos. Mas não o suficiente para evitar uma missa de sétimo dia. A primeira vez foi com seu bolo de aniversário de cinco anos. A queimaçao nos olhos veio. A mesa cedeu. Uma faca deixada por uma tia. Aconteceu. O médico que estava na festa, mais bêbado do que vivo teve que organizar os pensamentos etílicos na cabeça para poder conter o sangramento do corte que quase fez sua prima perder a mão. Depois disso, anos se passaram sem nada do tipo acontecer. Mas aconteceu de novo. Na escola. Queimação nos olhos, sensação de perigo, boca seca, blá blá blá. Resultado: um quadro negro quebrado e uma professora traumatizada.
Literalmente.
A partir dai ele entendeu como acontecia, mas não sabia porque. Lia, via filmes, mas nada daquilo parecia fazer sentido. Ninguém sabia e essa era a pior parte. Pensou que poderia ajudar se antecipando aos desastres, mas quase nunca dava tempo. Foi aprendendo a lidar com isso pois, mesmo com o sinal que vinha dos olhos, não dava pra saber de onde viria o "tiro". Um dia pensou que ao invés de parar o acidente, poderia se dar bem. Um dia num supermercado disse para a menina de olhos bonitos e blusa vermelha que algo estranho podia acontecer. Resultado: um gerente morto, um bandido preso e um mar de explicações pra policia. Nunca mais tentou arrumar um encontro fazendo esse tipo de coisa.
Conforme o tempo foi passando, aquilo foi deixando-o desconfortável, pois estava acontecendo pelo menos uma ou duas vezes a cada seis meses ou sete meses. Ou menos, ele não sabia. E nos ultimos tempos, cada vez era mais perigoso. Nas ultimas duaz vezes, ele se safou por pouco. E ninguém parecia reparar no quanto ele era "sortudo" por ter escapado de um acidente com um trator que acabou invadindo um supermercado e matando gente, inclusive uma menina que usava uma blusa vermelha e por ter ficado parado no sinal de transito enquanto os outros carros passavam e colidiram no caminhão que vinha a toda do outro lado da rua e que era pintado num vermelho bem fraquinho.


V
(
dominans)

Ou era azul?

vi
A van pára. As pessoas gritam. O transito pára. Escombros, água pra todos os lados. A chuva piora. A luz volta. Mãos na cabeça mostram que a pergunta: o que fazer? era a pergunta do moneto. "Liguem pros bombeiros", diz a moça que vendia churrasco do outro lado da rua e que está aos prantos. "Robeeeeeertoooo" choraminga a outra que após um bate boca tinha contribuido pro marido ir pro bar que ficava na rodoviária e que agora não existia.
Nem ele, o marido, nem o bar.
Ele percebe que sua escolha foi perfeita, mas exista uma brecha, uma falha. E isso não é nada bom.
 VII
(sensitiva)

Ela percebe que ele está na van. Mas o ignora. Algo a atrai até ali. E ela não ignora isso. Sente a chuva forte e o vento gélido, mas ela adora esse tempo. Melhor que aquele sol infernal. Ela estala a lingua se reprimindo, pois sabe que não devia falar assim sa natureza. O calor é bom, assim como o frio também é. O ser humano é que acha que pode opinar sobre isso. O ser humano. Esse é o problema. Acho que a faculdade está me fazendo mal. Antes era melhor, a ignorância... não era isso que dizia aquele rei sabio mais que virou uma mula durante o percursso da vida? "O conhecimento traz tristeza", é... era algo assim mesmo. Ela atravessa a rua. O guarda chuva mais parece de papel. Está encharcada de água e ele é apenas um adereço imprestável. Porque não veio de carro? Quebrado. Porque demorei tanto a escolher essa roupa? E logo o vestido vermelho que me deixa gorda? Não sei. Porque estou aqui na Central sem luz nenhuma? Vá saber.
Ela percebe o olhar do motorista da van. Ignore-o. E ouve o barulho. Ela pára. Não tem nenhuma reação. Ela percebe a van, o desespero do motorista, a freada do onibus, ela ouve o barulho. Sente a pressão do ar. O cheiro de cimento e terra molhada. Ela vê a rodoviária caindo lentamente, mas... será que não é a minha percepção de tempo que está estranha? Já ouvi falar nisso. Ou já li sobre isso. Sei lá. Engraçado... as pessoas esperam o momento antes de morrer pra pedir perdão dos seus pecados e eu estou aqui, a poucos metros de ser esmagada por um carro desgovernado e permaneço cálida, sem pensar em nada a não ser no absurdo que é a vida. Melhor pensar em outra coisa.

i
(tonic)

Ele espera. Sabe que  é uma questão de tempo até as pessoas entenderem que escaparam por um milagre. Espera que elas mudem de vida. Afinal, traumas servem pra isso. Ele espera até que alguem diga a frase que irá limpar o ambiente:
"Escapamos por um triz..."
"Isso... coroem minha atitude com a mudança de vida". É o que ele pensa. Teve essa idéia depois de ler uma frase de Ganhdi em algum lugar (ou seria Luther King?), era algo sobre mudança, mas fazia tanto tempo que tinha lido que a frase em si estava apagada na sua memória, mas o conceito estava ali. Latente. Guiando suas atitudes. O plano era simples: sinta o perigo, espere o momento certo, salve quanto puder e mude a vida das pessoas com esse "milagre". Afinal, os seres humanos aprenderam tudo a partir dessa simples equação: assuste-se, sofra, aprenda, viva. Que procurem uma igreja. Que mudem sua postura perante suas esposas. Que perdoem seus maridos. Que trate, bem seus filhos. É isso o que ele deseja, um trauma para curar uma doença.
Finalmente a mulher que depois da batida da van estava com a saia quase na cintura e não tinha se dado conta que tinham levado sua carteira, diz:
- Minha nossa... Se fosse por um pocuo menos estaríamos mortos...
- Oh meu Deus
- Amor, você não sabe o que está acontecendo! - o professor liga para a esposa.
- Ahhhhhhhh...
Não tinha cabimento apenas salvar. Uma lição deveria ser aprendida. Mas... e aquele homem que está dormindo? Será que ele entendeu tudo o que aconteceu? O rapaz olha pra trás e pensa se deve acordá-lo. "Porque ele ainda está dormindo? Essa batida deveria acordar qualquer um, mas ele permanece sereno e plácido no ultimo banco". Ele se levanta, as pessoas começam a sair da van. O homem dorme. O rapaz ignora os gritos e o calor, e vai até o banco de trás. Ele olha pro homem. Um desconhecido, mas que ao mesmo tempo é familiar. Está segurando um saco plástico com revistas dentro. E ronca baixinho.
-Senhor. Senhor.
-Arh... Sim.
O bafo do homem chega até ele, que faz uma careta. O rapaz, não o homem com o saco de revistas e que sonhava um sonho em preto e branco.
- Tivemos um acidente, saia da van.
- Acidente? Putz. 
-Putz? é tudo o que você tem a dizer?!?!
Ele percebe que estava sendo indelicado, mas ora vejam só! O cara não expressou nenhuma atitude com relação ao milagre que ele acabara de passar. 
- Humpf - O homem apenas grunhiu e desceu da van deixando o rapaz com uma cara de surpresa misturada com  raiva. 
E então aconteceu.
Coda
Casa 1
Ela pára e se apoia numa parede. Automaticamente o guarda chuva que não servia pra nada cai na rua. Ela sente uma intensa dor na nuca.
-Oh não... Oh não. De novo não.
E antes que ela termine a frase um caminhão surge. O chão está completamente enlameado. Ele desce desgovernado por uma viela apesar dos esforços do motorista. O caminhão vem. Pessoas gritam. As veias do pescoço e braço do motorista se retesam. Ele faz uma careta. A chuva continua. O barulho da tentativa de freada é forte. O caminhão geme. Era um caminhão de um supermercado. Pessoas correm. Uma telha cai. Um raio surge. Nenhum trovão se ouve.
 
Casa 2
Os olhos do rapaz se arregalam. A queimação nos olhos que já estava fraca desaparece.
Ele ouve sinos.

Da Capo 
O caminhão desce a toda.
A garota queveste vermelho e que sente uma dor na nuca grita.
Pessoas gritam.
O caminhão geme.
O rapaz sorri e fecha os olhos.
A van está na viela. Na entrada. Em diagonal pro muro.
Metade dela na rua.
No fim da trajetória certa de um caminhão que vem a toda velocidade ao seu encontro.
Um caminhão de supermercado.
Dirigido por um desconhecido de blusa vermelha.



Ou seria azul?

domingo, março 10, 2013

 
Impressionado com as obras dessa cara: Jean-Michel Basquiat.
Uma história de vida estranhissima, mas que mudou os rumos da arte no século XX.

 

"E no fim da vida de uma estrela, ela começa a explodir..."

https://www.youtube.com/watch?v=whJ2nPeqtVU


Hoje é dia 12/12/12, e devido a essa data cabalística (que é apenas uma repetição de um mesmo número... DÃÃÃÃ) as pessoas estão enchendo o Facebook de inúmeros post amalucados, assim como foi com a morte do Niemeyer (que eu particularmente acho que não morreu, assim como Elvis, PC Farias, Lennon e Jânio Quadros) e sobre o "calor tá de matar".

Já que não dá pra vencer os post "DÃÃÃ" que enchem minha página inicial, vou entrar nessa de maluco e compartilhar com vocês bizarrices sem sentido, já que com o facebook, qualquer um pode ser filósofo, mestre em literatura, um exímio citador de frases dos outros e ao mesmo tempo ser um cristão perfeito, mas ser um julgador de marca maior.

Como seria o post nessa onda idiota:

"GALERAAAAAAAA DO FACEEEEEEEE!
Hoje é dia 12/12/12! Que isso cara! Que bizarru! Tava lendo aqui e descobri várius troçu estranho! ;)
Está mais do que provado que o número DOZE é um número estranho... E ainda mais hoje que é 12/12/12! O mundo vai acabááááááááááá!
Compartilhe esse texto e vc terá uma chance de sobreviver!

Leião!
a) "12" é o maior número com uma única palavra em Inglês.
(Que issu! huaihuaihuai!)

b) Um grupo de 12 coisas é chamado um "duodecad". Daí vem o nome de um troço em música chamado Dodecafonismo, que eu não sei o que é, mas deve ser do MAL!

c) O número 12 é frequentemente utilizado como uma unidade de venda no comércio. E vcs sabem quem é que é o dono do dinheiro do mundo né... A familia Eike Batista!
Ih... Olha só!!!

d) EIKEBATISTA tem onze letras! Ou seja, 11 letras, somando mais uma DOZE! DOZE! Anticristo!!!!!

e) Doze é um número sublime, um número que tem um número perfeito de divisores, e a soma dos seus divisores é também um número perfeito.
(Essa eu não entendi... mas tá valendu.. huaihuaihuai)

f) 12 é o número atómico de magnésio na tabela periódica.
(Viu Magnésio! É disso que os homi faz a bomba nuclear!)

g) O corpo humano tem 12 pares de nervos cranianos.
(Ei ta... Que isso! Que isso!)

h) Força 12 na escala de Beaufort (força do vento) corresponde à velocidade máxima do vento de um furacão.
(Viu? Vento dos 4 canto da terra que com mais 8 ventos e 8 cantos, comando tudo dá doze! doze! DOZE!!)

i) Na antiga religião grega, os Doze olímpicos eram os deuses principais do panteão e tem aquele livro do Monteiro Lobato (que tem 14 letras, mas tirando duas tem 12!) os "Doze Trabalhos de Hércules".
(Viu... coisas pagãs tem o doze como elementchia!)

j) O chefe nórdico deus, Odin, teve 12 filhos.
(Igual Jacó!)

l) A importância de 12 no Judaísmo e Cristianismo podem ser encontrados na Bíblia:
aa) O bíblico Jacó teve 12 filhos, que eram os progenitores das Doze Tribos de Israel (Não disse?!?! Não disse?!?!)
bb) O Novo Testamento descreve doze apóstolos de Jesuis quando Judas Iscariotes foi desonrado, foi realizada uma reunião para adicionar Matthias para completar o número 12
cc) Hoje, A Igreja de Jesuise Cristo dos Santos dos Últimos Dias tem um Quórum dos Doze Apóstolos. (Essa igreja não deve ser coisa boa.. tem doze! tem doze!

m) Na Lenda do Rei Arthur, Arthur disse ter conquistado 12 príncipes rebeldes e venceu 12 grandes batalhas contra os invasores saxões.
(Será que é o mesmo da música Artur e o gigante? saxões deviam ser povos que tocavam saxofones do poder...)

n) Além disso, existem 12.000 pessoas selados de cada uma das doze tribos de Israel, fazendo um total de 144000 (que é o quadrado de 12 multiplicado por mil). (EITAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA É o APOCALIPTISIIIIIIIIIII)

o) No islamismo xiita, há 12 imames , legítimos sucessores do profeta Maomé. Osama bin laden tem treze letras, se destruirmos o "L" que se parece com uma das torres gemeas fica DOZE! Adolf Hitler tem 11 letras, se colocarmos o "L" do Bin Laden (que é a torre do WTC) fica DOZE! DOZE!
(Não comentarei mais nada sobre isso. Tenho um pouco de medo dessa galera...)

p) No hinduísmo, o deus do sol Surya tem 12 nomes. Além disso, há 12 pétalas em Anahata (Chakra do Coração). (Coisa bonita, mas cuidado... tem DOZE no meio...)

q) A maioria dos sistemas de calendário tem 12 meses em um ano.

r) Os chineses usam um ciclo de 12 anos para o tempo de acerto de contas chamado Ramos Terrestres.

s) Há 24 horas em um dia no total, com 12 horas de uma metade de um dia. As horas são numeradas 1-12 para ambos ante meridiem (am) do dia e o pós meridiem (pm) do dia. As unidades básicas de tempo (60 segundos, 60 minutos, 24 horas) podem perfeitamente dividir por 12.

t) O número de chaves em qualquer telefone digital padrão (1 a 9, 0, * e #). (Quebrei meu celular agora... só falo agora pelo computador)

u) 12 é o número de teclas de função na maioria dos teclados de PC (F1 a F12). (Eita! Nossos computadores estão na mão do numero 12! Vou quebrar ele também!)

v) O número 12 desempenha um papel significativo na televisão franquia Battlestar Galactica. Os personagens vêm das Doze Colônias de Kobol e adorar os 12 senhores de Kobol. Na série de re-imaginada, existem também 12 modelos da versão de humanóide Cylons.
(Ou seja... quem fez esse desenho quer que nós gostemos dos Et's. Eu não gosto deles. E não assito mais Televisão)

x) A Eneida, um poema épico de Virgílio é dividido em duas metades composta de 12 livros e Paradise Lost , um poema épico de John Milton é dividido em 12 livros.
(Ainda bem que não sou chegado em leitura... huaihuaihuai... kkkkkk... skaoskaoskao... rsrsrsrsrsrsrs)

z) 12 é o número de álbuns de estúdio da banda The Beatles. A Abertura 1812 é uma composição do Tchaikovsky e termina com tiros de canhão! Há 12 constelações da eclíptica (ou signos do zodíaco), mas eu acho que já falei disso.... No Estados Unidos, 12 pessoas são nomeadas para se sentar em um júri para testes criminais. Doze pessoas caminharam sobre a lua da Terra. O Estados Unidos da América é dividida em doze Distritos. Alcoólicos Anônimos tem 12 passos".



Nossa... fazer um post idiota dá mesmo trabalho.
Tchau Galera!

T C H A U G A L E R A !
(DOZE CARACTEREEEEEEEEEES!!!!! É o Apocaliptseeeeeeeeeee!)

http://colunas.revistaepoca.globo.com/felipepatury/2013/02/18/silas-malafaia-processara-o-avaaz/

Sinceramente, duas opiniões podem ser tiradas sobre esses ultimos acontecimentos:

a) O Malafaia é realmente um baluarte cristão (mesmo não sendo uma unanimidade) e está sendo perseguido por ser "do contra". E como estamos "no mesmo barco" acabaremos sendo perseguidos também. Sim... ele é doido, mas suas opiniões são um reflexo do que realmente acreditamos, e nunca nos demos conta disso. A partir disso, devemos abrir o olho, pois as perseguições a la "Baudelaire" começam assim: uma piadinha aqui, um videozinho ali, um cutucãozinho lá, uma lei aprovada, uma proibição, uma morte sem querer, gente pegando fogo, um governo que compre a briga... pronto: é só reabrir o Maracanã e jogar a crentalhada aos leões.

b) O Malafaia se meteu numa canoa furada e está agindo de forma equivocada, completamente desorientada e o populacho que não reflete sobre isso acaba comprando a briga. Nós já estamos queimados com a sociedade: de fanáticos "bíblias" e idiotas agora somos preconceituosos, pedófilos, ignorantes, fundamentalistas, culpados por tudo que feito no passado. E não me venha com esse papo de "não mexer com ungido de Deus". Somos TODOS uma só família, e irmãos mais velhos tem poderes, mas irmãos mais novos também podem falar na mesa. Hebreus seria uma boa leitura a quem interessar... Uma coisa é profanar e ridicularizar, outra coisa é observar, parar, pensar a respeito... Ou todo mundo acha que o Lutero era um anjinho?

Que saudade do tempo que jogavam pedras no teto da congregação que meu pai pastoreava porque nossos hinos e mensagens incomodavam... Agora jogam pedras porque passamos cheques sem fundo, porque mudamos do PSDB pro PT e porque defendemos algo que não precisa de defesa "humana", mas sim divina.
Alguém ai já leu Karl Barth? ;)

Ecce Homo!
E agora? O que fazer com isso?
Tão sentindo cheiro de tempestade vindo por ai?

Me faltam palavras pra descrever a minha decepção com a "Igreja" depois da "entrevista" que todos já devem saber qual é.
Pensei na hora que eu devo estar sendo chato demais, relativista demais. Parei. Pensei que devo ter uma certa alegria secreta ao nadar contra a maré, mesmo estando completamente "sujo" nesse rio. Mas... não foi suficiente pra me fazer mudar de idéia com relação a unica coisa que passou pela minha cabeça depois de ver os post que inundaram o Facebook (talvez pelo fato de que tenho um monte de adicionados "cristãos") e que foi a seguinte conclusão:

Acho que se eu não tivesse religião eu NUNCA escolheria o Cristianismo na atual situação em que ele se encontra aqui no Brasil atualmente.
As exceções não seriam fortes o suficientes pra me fazer mudar de ideia nessa condição hipotética.

Confesso que estou confuso com relação a estrutura da fé que eu sirvo. Um monte de pessoas defendem que não devemos olhar pra pessoas, que não devemos olhar pra estruturas, que devemos olhar praquele judeu que nasceu a dois mil anos atrás, mas, cá entre nós... o judeu passou longe de tudo o que está acontecendo. E ao olhar pras pessoas que estão nesse barco... me decepciono muito. Como as pessoas podem ser tão "pequenas"? como elas se superam na tosquice? Será que é isso mesmo? O pior é ver como os cristãos comemoraram algo que deveria ser apenas um acontecimento como outro qualquer. Uma simples entrevista virou um marco central na nossa pseudo "luta contra o Mal que inunda nossa sociedade". Pessoas vibraram, outras cuspiram na televisão, outras oraram enquanto o "Malafa" estava falando, outras bufavam de raiva pelo suposto "nazismo" exalado pelo entrevistado.
Mas... e ai? Sua vida mudou com isso? o Cristianismo mudou com isso? Não. Continuamos sendo tachados de ignorantes, pois, nós estamos no mesmo barco que o "Malafa".

Pessoas se esquecem de pontos básicos da nossa fé.
Somos chamados para servir. E quem serve deve ser orientado e deve entender que seu papel é o de ouvir e obedecer. A questão é que estamos em tempos que TODOS temos opinião, mesmo que ela seja diferente da do pastor. A pergunta é: e quando discordamos do líder? Nós não estamos percebendo, mas estamos fazendo exatamente o que Nietszche (aquele filósofo que os cristãos mesmo sem ler uma linha odeiam) queria que fizéssemos: Que tivessemos voz, que tivessemos opinião, que não fossemos ovelhas e sim pastores de nossos caminhos e defensores de NOSSA opinião. Que fossemos os "superhomens". Entretanto, o Cristianismo na sua essencia é submissão, é obediencia, é morte da Vontade, é abandono, é ouvir e calar. É uma religião de fracos. Sim! de FRACOS! E é assim que deve ser. Se eu quisesse uma religião de fortes leria o Mein Kampf.

Isso foi falado ontem?

Ontem falamos de gays, de politica, de leis, de "não aceito", de UFC filosófico, de "Gabi tomou na cara", de "malafaia nazista", de dinheiro... enquanto isso... Eu estou perdido aqui e essa entrevista não me fortaleceu em nada. Não sou um torcedor. Não sou um nazista. Sou um pecador perdidão que busca corrigir meus caminhos com muita dificuldade. O debate apenas piorou as coisas para nós, pois mostrou como o Cristianismo não é uniforme. É cada um por si. As pessoas que fazem parte dele discordam em tudo. É uma casa dividida. Uma religião que não se sustenta. Uma estrutura fraca, pois as pessoas que estão nela ao invés de levar a paz levam a guerra, a discordia, o desentendimento, a polêmica, a chatice, o desprezo, o escandalo e mostram a filosofia barata que sustena o seu caminhar. Como buscar a paz numa religião onde os "irmãos" brigam entre si, brigam com os outros, se alegram com um espetáculo patético aonde um pastor mostra suas opiniões e outra pessoa rebate num vai e vem interminável e o populacho vibra como numa arena da Roma dos imperadores?

As pessoas que curtiram a entrevista vão defender basicamente esses pontos de vista:
a) Precisamos mostrar nossas opiniões para o mundo, pois a Igreja não pode ficar parada e ver o mundo se despedaçar! O "Malafa" foi o canal de Deus para que isso acontecesse! Agora o mundo sabe que temos poder e força nas nossas idéias!
b) Deixa de ser chato! Cada um mostra suas opiniões e você não tem nada a ver com isso... afinal, vc está postando sua opinião aqui, não é?

As que odiaram vão dizer o seguinte:
a) Malafaia nazista! Preconceituoso! Abominável!
b) Uma religião que precisa de um pastor defendendo seu spontos de vista num programa de entrevista não merece lá meu respeito.

É... Nunca chegaremos a um consenso.
O cristianismo teve o que os antigos chamavam de 'vítoria de Pirro': uma vitória que custou um monte de derrotas e que no fim das contas não valeu a pena. O que cresceu não foi o respeito pelos nossos pontos de vista. O que cresceu foi a discórdia. O que cresceu não foi a potencia de nossas convicções, mas sim o fato de que a "Luz" está sendo defendida por pessoas que não são exemplos muito "iluminados". Não quero reconhecer que estou numa religião que precisa ser defendida por uma pessoa que é mal vista por receber milhões e cujo apelido mais carinhoso é "nazista".
Jesus seria chamado de nazista? Jesus iria num debate pra falar sobre Leis?!?! Jesus seria acusado de ter muita grana? Jesus é isso ai?

No momento que uma pessoa pede para que "o Deus que ela acredita me perdoar", eu não teria nenhuma resposta a isso. Eu entenderia que nada do que eu falei tocou o coração dela. Quando jesus falava, a sua simplicidade e o seu poder eram tantos que as pessoas não sabiam o que responder. Paulo era tão fanático que quando ele defendia um ponto de vista, até mesmo pessoas irrdutiveis diziam: "Cara... tu tá quase me fazendo mudar de idéia..." Não foi isso que eu assisti ontem. E independente de que falem que ela não estava aberta a isso, e que ele é um fundamentalista, continuo pensando: pra que isso tudo?

Você tem todo direito de discordar de minha opinião, assim como tem o direito de discordar e se calar, pois polêmicas não vão ajudar em nada. Esse texto não é um desabafo nem estou direcionando ele para alguém em especial. É apenas um texto, mas essas são as minhas ideias, é a mnha fé. E estou pronto para alterá-las se a autoridade que me sombreia achar que elas são uma ferida pro rebanho que eu, uma ovelha toda manchada faço parte.

Não quero dizer se foi bom ou ruim o que aconteceu ontem. Apenas reflito sobre o futuro...

A igreja luterana realmente vacilou ao lidar com Adolf Hitler. Ela ignorou a voz de Deus que avisava o perigo do cara com 'bigode engraçado". Ela se me teu em discussões politicas e quando acordou já era tarde: judeus mortos, pastores presos e um louco solto incendiando a Europa. Mas... era pra ser diferente? Não sei. Em História não trabalhamos com 'E SE...".

E pra terminar esse texto gigante, vou compartilhar com vocês algo de cunho intimo. Estou lendo muito um cara chamado Bonhoeffer. Num de seus escritos ele mostra o que ele acha sobre a Igreja e o Estado. Para ele a Igreja deve "ajudar" o Estado a servir a população; ela também deve ajudar as vítimas que sofrem as ações do Estado; e por último, a Igreja não deve apenas fazer curativos nas pessoas torturadas pela roda (uma metáfora a um instrumento de tortura) do Estado: A Igreja VERDADEIRA deve TRAVAR A RODA.

Em tempo:
O cara era um dos mais importantes teólogos do século XX e era um pastor pro-ativo que não tinha tempo para administrar um império, nem ir em programas de televisão, nem apoiar parentes na política, mas tinha tempo de tratar crianças orfãs, de estudar, de pastorear, de tropeçar e voltar atrás e para defender o que achava que era certo. Ele não tinha que se explicar pelso milhões que "ganhava" e nem poderia ser chamado de nazista.

E esse mesmo cara foi enforcado a pedido do proprio Adolf Hitler porque participou de um complô para matá-lo.

Finalizo com uma frase desse mesmo PASTOR, mostrando algo que passou longe do Malafa e da Gabi:
"O Cristianismo prega o valor infinito do que aparenta não ter valor e ainutilidade do que aparenta ser valioso".

Queria tanto que fosse o Bonho naquela cadeira ontem...
Sem mais.